Prazos no Crédito Habitação

O Banco de Portugal volta a mexer nos prazos no Crédito Habitação, com o objetivo de aproximar a média das maturidades em Portugal da média da União Europeia e evitar que as pessoas entrem em idade de reforma com Crédito Habitação em vigor.

Até abril deste ano, os bancos podiam fazer crédito habitação até 40 anos de prazo, com uma idade limite, por norma de 75 anos de idade.

Com a entrada em vigor da nova recomendação, desde 1 de de abril de 2022, vamos ficar assim:

  • Até aos 30 anos de idade, pode fazer o crédito habitação até 40 anos de prazo;
  • Entre os 30 e os 35 anos, até 37 anos;
  • E com mais de 35 anos o prazo máximo será de 35 anos.

Pode parecer um drama e que vai criar muitas complicações a quem pretende contratar um crédito habitação, mas as diferenças nas prestações nãos são assim tão grandes, e se pagar o Crédito em menos tempo, também significa que vai pagar menos juros, porque amortiza mais todos os meses.

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Para quem tem menos de 30 anos, nada muda, e para quem tem mais, num exemplo de 150.000€ de crédito, considerando uma TAN de 0,6%, as mudanças serão:

  • Por 40 anos pagava 351,58€ mensalmente e 168.757€ no total;
  • Se tem entre 30 e 35 anos agora só pode fazer por 37 anos, vai pagar mensalmente 376,81€, mais 25,83€ de amortização por mês, o que significa que nos 37 anos vai entregar ao banco 167.303€, ou seja vai poupar 1.454€;
  • Se tem mais de 37 anos, também já podia fazer no máximo por 38 anos, ou seja teria uma prestação de 367,95€, com a nova lei só pode fazer por 35 anos o que representa uma prestação de 396,04€, ou seja, mais 28,09€ por mês, e uma poupança em juros de 1.449€.

Assim de uma forma direta, pode dizer-se que o impacto não será tão negativo quanto possa parecer à primeira vista, e até gera poupança de longo prazo.

Pode levantar-se a questão do que aumenta na prestação inviabilizar algumas aprovações por incidência na taxa de esforço, mas, por exemplo num rendimento global do agregado familiar de 1.500€, 30€ significa somente 2%.

Vendo a coisa ainda de uma outra perspectiva, se a dificuldade em se chegar a crédito aumenta, o valor das casas, por norma deve ajustar por baixo, para que o mercado continue a funcionar, ou seja, esta redução de prazos, com o aumento da Euribor, pode vir a significar uma diminuição no valor das casas.

Mas adivinhar é proibido, a certeza que temos é que vai haver um ajuste nos prazos, que não aumenta assim tanto as prestações e que no longo prazo gera poupança e liberta os clientes mais cedo dos encargos com crédito habitação.

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