
Muitos clientes com seguro de vida associado ao crédito habitação interrogam-se: Porque é que o seguro de vida aumenta quando o capital seguro baixa com o decorrer do crédito?
A razão tem a ver com o facto de o preço dos seguros, não só os de vida, serem definidos em função do risco que a companhia de seguros corre ao segurar esse mesmo risco de existência de sinistro.
É verdade que no caso dos seguros de vida associados ao crédito habitação com a entrada em vigor da lei 222/2009 os bancos e companhias de seguro são obrigados a actualizar o capital em divida, se o cliente assim o entender, e as companhias obrigadas a corrigir o prémio face ao capital em divida a cada momento.
Sendo o prémio de seguro vida a pagar pelo tomador do seguro calculado em função do histórico de risco da companhia de seguros, que neste ramo é verificado com o aumento da idade, em muitos casos a amortização de capital não é suficiente para compensar o aumento do prémio pelo factor risco.
E a amortização não é suficiente por os contratos serem de longa duração, logo os montantes a amortizar nos primeiros anos serem reduzidos e só nos últimos anos serem de valor suficiente para inverter essa escalada.
Senão vejamos, se tivermos um casal com 40 anos, com um crédito habitação em que tenham um capital de 100.000€ financiados, a amortizar em 30 anos, com uma taxa anual nominal (TAN) de 1,5%, o prémio de seguro de vida com a cobertura mais baixa a Invalidez Absoluta e Definitiva médio a pagar hoje seriam 15€, se se mantivesse a mesma TAN até daqui a 15 anos, o capital que teriam financiado seriam cerca de 55.000€, em que o mesmo casal com mais 15 anos pagaria 32€ de prémio de seguro de vida.
Esta situação acontece em todas as companhias de seguro, por norma só nos últimos 5/6 anos é que começa a inverter esta situação, no entanto depende sempre dos capitais financiados, taxas de juro e prazos de amortização.
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