A contratação de um crédito habitação é um processo relativamente simples, mas que tem que ser bem conduzido para garantir que contrata as melhores condições possíveis!
Hoje em dia as diferenças nas taxas juro e produtos bonificados pelos bancos para se chegar a boas taxas são muito dispares.
Por isso é muito importante conhecer bem o mercado do crédito habitação para se escolher a melhor opção, que nem sempre corresponde ao melhor spread apresentado pelo banco.
O spread somado à euribor, dá a TAN (taxa anual nominal), ou seja a taxa base sem outros custos associados ao crédito, como seguros, impostos, cartões de crédito, entre outros dependendo da politica comercial do banco.
Deve levar em linha de conta também a Euribor que é aplicada ao contrato de crédito habitação, normalmente varia entre 3, 6 ou 12 meses. Consulte aqui as tabelas de evolução de euribor.
Em Janeiro entrou em vigor a obrigatoriedade de os bancos disponibilizarem a Ficha de Informação Normalizada Europeia (FINE) com o objectivo de tornar mais transparente e igual a nível europeu, a apresentação das condições de contratação do crédito habitação.
Uma das informações mais importantes que constam nessa ficha é a TAEG (Taxa Anual Efectiva Global), taxa que inclui todos os custos que o cliente tem com a contratação, que inclui os seguros por exemplo.
E aqui algumas questões se levantam:
- Porque é que em vez dos custos (por exemplo os seguros e custos bancários) estarem descriminados por coluna estão ao molho numa única coluna, normalmente com a descrição de: “outros custos”?
- Como é que o cliente compara a TAEG se contratar os seguros fora do banco ou não quiser domiciliar o vencimento?
- Porque é que nem todos os bancos apresentam todos os impostos inerentes à aquisição?
Pois, o que continua a ser mais fiável é fazer as contas à mão e comparar todas as variáveis para se chegar a uma conclusão sobre qual a melhor opção para se contratar um crédito habitação.
Por exemplo, o Banco CTT que até pela sua proveniência devia ter em atenção a comunicação que faz, diz que o cliente “só tem de contratar os seguros e domiciliar o vencimento” para ter acesso a excelentes condições, mas não dizem que se não contratar os seguros e domiciliar o vencimento, agravam o spread em 0,60%!
No caso do Bankinter, têm uma bonificação de 0,50% no seguro de vida e os valores que apresentam para um casal só abrange 50% do capital financiado!
Num financiamento de 100.000€ a 30 anos, para um casal com 40 anos de idade, 0,60% de spread corresponde a 30€ de Bonificação!
Ora pode-se dizer que: sai muito caro ter um spread baixo em alguns bancos!
O seguro de vida com 100% do capital seguro, para este casal contratado fora do banco tem um custo de cerca de 15€, quando no banco CTT por exemplo são 30€!
Voltam a colocar-se algumas questões:
- Se o seguro aumentar 20% daqui a uns anos em ambos os casos a diferença passa de 15€ mensais para 18€, que no ano será de 180€ para 216€;
- Se contratar num banco que não bonifique ou tenha uma bonificação inferior, com spread semelhante poupa muito dinheiro.
Hoje mais que nunca quando se contrata um Crédito Habitação, deve-se ter em linha de conta:
- o serviço;
- a taxa de juro;
- os custos bancários;
- e as bonificações que o banco atribui para chegar a determinada taxa de juro.
Se não se sente à vontade ou não tem tempo fazer este trabalho, talvez o melhor seja recorrer aos serviços de uma empresa especializada em prestar-lhe um serviço de consultoria financeira credível e independente.
Por norma estas empresas para além de procurarem as melhores condições do mercado, ainda dão apoio na obtenção dos documentos necessários e acompanham todo o processo tornando-o igualmente mais rápido de concluir.
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